Um estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgado nesta quarta-feira (29), revela que 67,5% das rodovias brasileiras são consideradas regular, ruim ou péssima. Outros 32,5% são de trechos classificados como ótimo ou bom.
Os dados mostram relativa estabilidade no estado geral da malha rodoviária brasileira, em comparação com os resultados do ano passado.
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O levantamento deste ano avaliou 111.502 quilômetros de rodovias pavimentadas. Deste total, 67.659 mil correspondem a malha federal (BRs) e 43.843 de estradas estaduais.
A pesquisa leva em consideração a qualidade da pavimentação, sinalização e geometria da via.
Os principais pontos críticos registrados foram:
207 quedas de barreiras;
5 pontes caídas;
504 erosões nas pistas;
1.803 unidades de coleta com buracos grandes;
67 pontes estreitas;
62 outros tipos de situações que possam atrapalhar a fluidez da via.
Todos esses problemas fazem aumentar o custo operacional do transporte rodoviário de cargas, chegando a 32,7% em 2023. O percentual ficou levemente abaixo do registrado no ano passado, de 33,1%.
A condição do pavimento das rodovias impacta o preço do frete e, consequentemente, dos produtos para o consumidor final. Sem rodovias de qualidade, o consumo de combustível aumenta, e esses prejuízos são calculados no âmbito da sustentabilidade, por meio do desperdício de óleo diesel.
De acordo com os resultados relacionados à avaliação da qualidade do pavimento (56,8% regular, ruim e péssimo; e 43,2% ótimo ou bom), é possível estimar que, neste ano, 1,139 bilhão de litros de diesel será consumido de forma desnecessária pela modalidade rodoviária do transporte nacional.
O estudo também analisou os investimentos em infraestruturas no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2024. O volume de recursos sofreu redução de 4,5% em relação ao autorizado neste ano.
O novo Programa de Aceleração do Crescimento PAC prevê R$ 185,8 bilhões em investimentos para o modo rodoviário, dos quais R$ 112,8 bilhões são da iniciativa privada (60,7%) e R$ 73 bilhões do governo federal (39,3%).
Público x privado
Ao analisar o resultado da pesquisa por tipo de gestão pública e privada, percebe-se que as públicas (que representam 76,6% da extensão pesquisada neste ano) apresentam percentuais maiores de avaliações negativas: 77,1% foram classificadas como regular, ruim e péssima.
Por outro lado, nas rodovias concessionadas (que representam 23,4% da extensão pesquisada), os altos percentuais para o estado geral remetem a uma situação oposta, ou seja, a bons resultados.
Conforme a pesquisa, 64,1% da malha concedida, avaliada pelo levantamento nessa característica, foram classificados como bom e ótimo.
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Este conteúdo foi originalmente publicado em 67,5% das rodovias brasileiras estão em más condições, segundo estudo da CNT no site CNN Brasil.