O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Jens Stoltenberg, expressou hoje sua confiança de que todos os Estados-membros cumprirão o objetivo de gastar 2% do PIB em defesa antes da próxima cimeira de líderes, em junho. Ele também revelou sua expectativa pelo resultado das eleições legislativas em Portugal.
Durante uma conferência de imprensa realizada em Bruxelas, Stoltenberg declarou que “a NATO está a fazer progressos significativos em termos de gastos com defesa, mas ainda há muito trabalho a ser feito”. Ele acrescentou que “todos os aliados estão a aumentar seus gastos com defesa e esperamos que todos os aliados cumpram o compromisso de gastar 2% do PIB em defesa até 2024”.
No entanto, o secretário-geral enfatizou que, independentemente dos números, o mais importante é a capacidade de cada país em contribuir para a segurança coletiva da Aliança. Ele destacou que muitos países estão a aumentar seus investimentos em equipamentos e treinamento, além de contribuírem com tropas e recursos para as missões da NATO em todo o mundo.
Stoltenberg também mencionou a importância de se manter um diálogo aberto e transparente com os aliados que ainda não alcançaram o objetivo de gastos com defesa. Ele enfatizou que a NATO está empenhada em garantir que todos os países tenham as capacidades necessárias para cumprir suas responsabilidades em termos de defesa coletiva.
O secretário-geral também comentou sobre as eleições legislativas em Portugal, que ocorrerão em outubro deste ano. Ele expressou sua esperança de que o novo governo continue a apoiar a NATO e a cumprir seus compromissos com a Aliança. Stoltenberg enfatizou que Portugal é um aliado importante e que a NATO valoriza sua contribuição para a segurança coletiva.
A promessa de gastar 2% do PIB em defesa foi feita por todos os aliados da NATO em 2014, durante a cimeira de Gales. O objetivo é fortalecer a capacidade de defesa da Aliança e garantir que todos os membros contribuam de forma justa e equitativa para a segurança coletiva.
Desde então, muitos aliados já alcançaram a meta de 2%, incluindo os Estados Unidos, Reino Unido, Grécia, Polónia e Letónia. No entanto, outros países, como Espanha, Bélgica e Alemanha, ainda estão abaixo do objetivo. A NATO tem trabalhado em estreita colaboração com esses aliados para ajudá-los a aumentar seus gastos com defesa e cumprir seus compromissos.
Além dos gastos com defesa, a NATO está a enfrentar outros desafios, como o terrorismo, a instabilidade no Médio Oriente e a crescente assertividade da Rússia. Stoltenberg destacou que a Aliança está a trabalhar de forma proativa para enfrentar essas ameaças, fortalecendo suas capacidades e reforçando a cooperação com outros parceiros internacionais.
No entanto, o secretário-geral também reconheceu que a NATO não pode enfrentar esses desafios sozinha e que é necessário um esforço conjunto com outros atores internacionais. Ele enfatizou que a Aliança está a trabalhar em estreita colaboração com a União Europeia e outros parceiros para garantir a segurança e a estabilidade global.
Em resumo, a NATO está a avançar em direção ao objetivo de 2% do PIB em gastos com defesa e a garantir que todos os aliados cumpram suas responsabilidades em termos de segurança coletiva.