Resultados estimulam novos estudos sobre o uso de cães em tratamentos psiquiátricos
Os cães são conhecidos como os melhores amigos do homem, mas além de serem ótimos companheiros, eles também podem ser grandes aliados no tratamento de doenças psiquiátricas. Estudos recentes têm mostrado resultados promissores no uso de cães como parte do tratamento de transtornos como ansiedade, depressão e estresse pós-traumático. E agora, com o avanço da tecnologia, os biomarcadores estão sendo utilizados para aprofundar ainda mais a eficiência dessa terapia.
Os cães são animais extremamente sensíveis e intuitivos, capazes de perceber e responder às emoções humanas. Eles são treinados para identificar sinais de estresse, ansiedade e outros sintomas psiquiátricos em seus tutores e, a partir disso, oferecer conforto e apoio emocional. Essa terapia, conhecida como “cães de terapia”, tem se mostrado eficaz no alívio dos sintomas e no bem-estar geral dos pacientes.
No entanto, ainda havia dúvidas sobre a eficiência dessa terapia e como ela realmente funciona no cérebro dos pacientes. Foi então que os biomarcadores entraram em cena. Esses marcadores biológicos são substâncias ou características que podem ser medidas e indicam a presença de uma determinada condição ou doença. No caso dos cães de terapia, os biomarcadores estão sendo utilizados para medir as mudanças fisiológicas e neuroquímicas que ocorrem nos pacientes durante as sessões de terapia com os cães.
Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido, analisou os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, em pacientes com transtorno de ansiedade generalizada antes e depois de uma sessão de terapia com cães. Os resultados mostraram uma redução significativa nos níveis de cortisol após a interação com os cães, indicando uma diminuição do estresse e da ansiedade. Além disso, os pacientes relataram uma sensação de calma e bem-estar após a sessão.
Outro estudo, realizado pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Universidade de Cambridge, no Reino Unido, utilizou ressonância magnética funcional para analisar as mudanças no cérebro dos pacientes durante a terapia com cães. Os resultados mostraram uma maior ativação de áreas cerebrais relacionadas à regulação emocional e ao processamento de recompensas, indicando que a interação com os cães pode ajudar a regular as emoções e promover sentimentos positivos nos pacientes.
Esses resultados estimularam novos estudos sobre o uso de biomarcadores para aprofundar ainda mais a compreensão da eficiência da terapia com cães. Além disso, esses estudos também estão ajudando a identificar quais pacientes podem se beneficiar mais dessa terapia e quais transtornos podem ser tratados com ela.
É importante ressaltar que a terapia com cães não substitui o tratamento convencional, mas pode ser uma excelente ferramenta complementar. Os cães de terapia não são apenas animais de estimação, eles são treinados e certificados para realizar essa função terapêutica. Além disso, a interação com os cães é sempre supervisionada por um profissional de saúde mental.
Além dos benefícios terapêuticos, a terapia com cães também traz outros benefícios, como a melhora da autoestima, o aumento da socialização e a redução do isolamento social. Além disso, a presença dos cães pode ajudar a criar um