A violência contra a mulher é um problema grave e presente em todo o mundo. No Brasil, infelizmente, não é diferente. Dados do Ministério da Saúde apontam que, somente em 2019, foram registrados mais de 145 mil casos de violência doméstica contra as mulheres. Entre esses casos, 35% das vítimas já haviam recebido atendimento anteriormente, o que mostra a recorrência dessa violência.
A violência doméstica pode ser caracterizada por agressões físicas, psicológicas, sexuais, entre outras formas de violência, que são cometidas por parceiros, familiares ou pessoas próximas. Além de causar danos físicos e emocionais, a violência doméstica também impacta negativamente a vida das mulheres, afetando sua autoestima, sua saúde mental e sua qualidade de vida.
Entre as agressões não letais, aquelas que não resultam em morte, as mulheres são as maiores vítimas. Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do total de 4.395 mulheres atendidas no Sistema Único de Saúde (SUS) em 2019, 35% já haviam sido vítimas de violência doméstica anteriormente. Esse número é alarmante e mostra a necessidade de ações efetivas para combater esse tipo de violência.
A violência doméstica se manifesta de diversas formas, e muitas vezes as vítimas não conseguem identificá-la como tal. Muitas mulheres acreditam que as agressões fazem parte de um relacionamento normal, o que não é verdade. Por isso, é fundamental que haja conscientização e informação para que as mulheres saibam identificar e denunciar qualquer tipo de violência.
O atendimento às vítimas de violência doméstica no SUS é um importante canal de acolhimento e suporte para as mulheres que sofrem com essa violência. O SUS oferece serviços de saúde, psicológicos e sociais para as vítimas, além de atendimentos de emergência em casos mais graves. Entretanto, é necessário que haja uma melhoria na qualidade do atendimento, bem como a capacitação dos profissionais para lidar com esses casos de forma mais efetiva.
Além disso, é preciso que a sociedade se mobilize e combata a cultura do machismo, que ainda é muito presente em nossa sociedade. É necessário que homens e mulheres se unam para promover a igualdade de gênero e o respeito às mulheres. A educação é um importante instrumento de mudança, e é preciso que haja uma conscientização desde a infância sobre a importância do respeito às mulheres e a igualdade entre os gêneros.
Outra medida importante é o fortalecimento das políticas públicas de combate à violência contra a mulher. É fundamental que haja uma maior efetividade na aplicação da Lei Maria da Penha, que prevê medidas protetivas para as vítimas e penalidades para os agressores. Além disso, é preciso ampliar os canais de denúncia e garantir que as vítimas se sintam seguras para denunciar seus agressores.
É importante lembrar que a violência contra a mulher não é um problema exclusivo do Brasil, mas sim um problema mundial. É necessário que haja uma união entre os países para enfrentar essa questão e garantir que todas as mulheres possam viver sem medo e com dignidade.
Para as mulheres que já foram vítimas de violência doméstica, é preciso que haja um apoio e acolhimento da sociedade. É necessário que essas mulheres sejam encorajadas a denunciar e buscar ajuda para se livrar do ciclo de violência. Nenhuma mulher deve se sentir sozinha ou envergonhada por ser vítima de violência, e é preciso