O setor rodoviário no Brasil tem passado por uma grande evolução nos últimos anos, com investimentos em infraestrutura e tecnologia que visam melhorar a qualidade das estradas e aumentar a eficiência do transporte de cargas. E um dos principais nomes por trás dessa transformação é o CEO da EcoRodovias, Marcelo Guidotti.
Em uma entrevista exclusiva para a CNN Money, Guidotti destacou os avanços do setor e apontou os principais desafios que ainda precisam ser superados, como o licenciamento ambiental e a alta carga tributária. Mas, ao mesmo tempo, mostrou otimismo e apresentou um projeto que pode mudar o cenário atual e impulsionar ainda mais o desenvolvimento do setor rodoviário no país.
Para Guidotti, a evolução do setor rodoviário no Brasil é inegável. Ele ressalta que, nos últimos anos, houve um grande investimento em infraestrutura, com a construção e ampliação de rodovias, além da adoção de tecnologias que tornam o transporte mais eficiente e seguro.
Um dos principais exemplos dessa evolução é a EcoRodovias, empresa que Guidotti lidera há mais de 10 anos. A companhia é responsável por mais de 2 mil quilômetros de estradas em todo o país, incluindo importantes rodovias como a Imigrantes, Anchieta e Tamoios, em São Paulo, e a BR-101, no Rio de Janeiro.
Com uma visão de longo prazo, Guidotti e sua equipe têm trabalhado para modernizar e tornar mais eficiente a gestão das estradas sob responsabilidade da EcoRodovias. Isso inclui a adoção de tecnologias como o sistema de pedágio eletrônico e a instalação de câmeras de monitoramento para garantir a segurança dos motoristas.
Além disso, a empresa tem investido em projetos de sustentabilidade, como a instalação de usinas de energia solar e ações para reduzir a emissão de gases poluentes. Segundo Guidotti, a EcoRodovias tem como objetivo ser uma empresa cada vez mais sustentável e contribuir para a preservação do meio ambiente.
No entanto, apesar dos avanços, o CEO da EcoRodovias destaca que ainda existem desafios a serem superados. Um dos principais é o licenciamento ambiental, que muitas vezes é um gargalo para a realização de obras de infraestrutura. Guidotti ressalta que o processo é demorado e burocrático, o que acaba atrasando o desenvolvimento de projetos importantes para o setor.
Outro desafio apontado por Guidotti é a alta carga tributária. Segundo ele, os impostos representam cerca de 40% do valor do pedágio, o que acaba impactando no preço final do transporte de cargas e, consequentemente, no custo dos produtos para o consumidor final.
Mas, apesar desses desafios, Guidotti se mostra otimista e apresenta um projeto que pode mudar o cenário atual e impulsionar ainda mais o desenvolvimento do setor rodoviário no Brasil. Trata-se do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), criado pelo governo federal em 2016.
O PPI tem como objetivo atrair investimentos privados para a realização de obras de infraestrutura em todo o país. E, segundo Guidotti, o setor rodoviário é um dos principais beneficiados pelo programa. Ele explica que o PPI permite que empresas privadas assumam a gestão de rodovias, o que pode trazer mais eficiência e qualidade para o transporte de cargas.
Além disso, o PPI também prevê a realização de leilões para a concessão de novas rodovias, o que pode trazer mais investimentos e melhorias para o setor. Guidotti acredita que, com a participação do set