Segundo informações da agência de notícias estatal do Kuwait (KUNA), o despacho aprovado pelo governante obriga o novo primeiro-ministro a apresentar a sua proposta de Executivo para a aprovação do emir.
Mohammad Sabah al-Sabah, que ocupou o cargo de vice-primeiro-ministro entre 2006 e 2011, foi anteriormente embaixador do Kuwait nos Estados Unidos, cargo que ocupou entre 1993 e 2001, tendo assumido em 2003 o Ministério dos Negócios Estrangeiros, que abandonou em 2011.
Mishal al-Ahmed al-Sabah, 83 anos, foi nomeado emir após a morte em 20 de dezembro do seu meio-irmão, o xeque Nawaf al-Sabah, e comprometeu-se a “combater a corrupção” e o nepotismo e a lutar pela “unidade e pelos interesses do Kuwait e dos kuwaitianos”.
O novo emir, que era príncipe herdeiro e governante “de facto” devido à doença do xeque Nawaf, disse também que, durante o seu mandato, o Kuwait vai “respeitar os compromissos e a política em relação aos países irmãos e amigos, a nível internacional e na região”.
O Kuwait, o único país árabe do Golfo Pérsico com um parlamento eleito por sufrágio universal e que exerce controlo sobre o governo, é palco de tensões constantes entre o parlamento e o Executivo.
Durante o Governo do xeque Nawaf, o país formou sete governos devido a este confronto, caracterizado por acusações mútuas de corrupção e nepotismo.
O Kuwait, com 4,25 milhões de habitantes, é um aliado estratégico dos Estados Unidos e um membro importante da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), bem como da aliança política e económica do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), que inclui também a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Qatar, o Bahrein e sultanado de Omã.
Leia Também: Governo do Kuwait demite-se após críticas do novo emir do país