No final de fevereiro de 2021, Alexander Grushko, diplomata russo e vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, acusou a Europa de aumentar a beligerância em resposta a uma relação mais positiva entre a Rússia e os Estados Unidos. Grushko também criticou o Ocidente por criar uma “mistura explosiva” com políticas hostis e planejamento militar. Essas declarações foram feitas em meio a um momento de tensões crescentes entre a Rússia e o Ocidente, especialmente com os recentes acontecimentos na Ucrânia e na Bielorrússia.
Grushko afirmou que a Europa está criando uma atmosfera de confronto e hostilidade em relação à Rússia, em vez de buscar uma abordagem mais construtiva e baseada no diálogo. Ele acredita que a Europa está agindo dessa forma porque está preocupada com a possibilidade de uma relação mais positiva entre a Rússia e os Estados Unidos, o que poderia enfraquecer sua posição na região. Além disso, Grushko também expressou preocupação com a crescente presença militar dos Estados Unidos na Europa, que ele vê como uma provocação desnecessária.
A relação entre a Rússia e os Estados Unidos tem sido tensa nos últimos anos, especialmente após a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014. No entanto, com a mudança de governo nos Estados Unidos, a Rússia tem demonstrado interesse em melhorar as relações com o país. O presidente russo, Vladimir Putin, enviou uma carta ao presidente americano, Joe Biden, propondo uma cúpula entre os dois líderes para discutir questões de interesse mútuo. Isso foi visto como um sinal positivo de que a Rússia está disposta a trabalhar em direção a uma relação mais construtiva com os Estados Unidos.
No entanto, Grushko acredita que a Europa está tentando impedir essa aproximação entre os dois países, criando uma atmosfera de confronto e hostilidade. Ele ressaltou que a Rússia está aberta ao diálogo e à cooperação com todos os países, incluindo os Estados Unidos e a Europa, mas que não pode ser responsabilizada por suas ações unilaterais e hostis.
A Rússia também tem sido alvo de críticas da Europa e dos Estados Unidos por sua suposta interferência em eleições e ciberataques. No entanto, Grushko negou essas acusações e afirmou que a Rússia é frequentemente usada como um “bode expiatório” para justificar políticas hostis e aumentar a pressão sobre o país.
Além disso, o diplomata russo também criticou o aumento da presença militar dos Estados Unidos na Europa, que ele acredita ser uma ameaça à segurança regional. Ele afirmou que a Rússia não tem intenção de atacar nenhum país europeu e que suas ações militares são puramente defensivas. No entanto, a presença de tropas americanas na Europa pode levar a uma escalada desnecessária de tensões e criar uma atmosfera de guerra fria.
Grushko também apontou que a Europa tem seu próprio papel a desempenhar na resolução dos conflitos regionais, como a crise na Ucrânia e na Bielorrússia. Ele acredita que a Europa deve buscar uma abordagem mais equilibrada e baseada no diálogo nessas questões, em vez de seguir cegamente as políticas dos Estados Unidos.
Em resumo, as declarações de Alexander Grushko refletem a preocupação da Rússia com a crescente beligerância do Ocidente em relação ao país. A Rússia está aberta ao diálogo e à cooperação, mas não pode ser responsabilizada pelas