Várias figuras mediáticas norte-americanas pró-Donald Trump reagiram com indignação à investigação governamental que concluiu que o financeiro Jeffrey Epstein, acusado de tráfico sexual de crianças, não mantinha uma “lista de clientes” que chantageava.
A notícia da investigação governamental sobre o caso de Jeffrey Epstein tem causado grande impacto na mídia e na sociedade norte-americana. O financista, que foi preso em julho de 2019 por acusações de tráfico sexual de menores, foi encontrado morto em sua cela em agosto do mesmo ano. Desde então, muitas teorias e especulações surgiram em torno do caso, incluindo a existência de uma suposta “lista de clientes” que Epstein usava para chantagear pessoas influentes.
No entanto, a investigação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos concluiu que não há evidências de que Epstein mantinha uma lista de clientes e que alegações nesse sentido são infundadas. Essa conclusão tem gerado reações diversas, principalmente por parte de figuras mediáticas pró-Donald Trump, que acreditavam que a lista poderia conter nomes de políticos e celebridades ligados ao presidente.
Uma dessas figuras é o advogado e comentarista político Alan Dershowitz, que foi acusado por uma das supostas vítimas de Epstein de ter participado de abusos sexuais. Dershowitz sempre negou as acusações e, após a investigação, declarou que a conclusão do Departamento de Justiça é uma “vitória” para ele e para o presidente Trump. Ele ainda afirmou que a investigação foi “justa e imparcial” e que acredita que a verdade finalmente prevaleceu.
Outro nome conhecido que reagiu à notícia foi o apresentador de televisão Sean Hannity, um dos principais apoiadores de Trump. Hannity sempre defendeu o presidente e alegou que as acusações contra Epstein faziam parte de uma “caça às bruxas” para prejudicar o governo. Com a conclusão da investigação, ele declarou que a mídia e os opositores do presidente foram desmascarados e que a verdade prevaleceu mais uma vez.
Além desses, outras figuras pró-Trump também se manifestaram, como a comentarista Ann Coulter e o ex-assessor da Casa Branca Sebastian Gorka. Ambos usaram as redes sociais para expressar sua indignação com a investigação e afirmaram que a mídia e a oposição tentaram usar o caso de Epstein para atacar o presidente e seus aliados.
Essas reações mostram que o caso de Jeffrey Epstein se tornou um assunto político, dividindo opiniões e gerando debates acalorados. Porém, é importante lembrar que a investigação do Departamento de Justiça não absolve Epstein de suas acusações e que as vítimas ainda buscam justiça e reparação pelos abusos sofridos.
É necessário também ressaltar que a investigação não foi direcionada apenas para a suposta lista de clientes de Epstein, mas também para a conduta dos promotores que fizeram um acordo com o financista em 2008, quando ele foi condenado por acusações relacionadas a prostituição de menores. Esse acordo, que resultou em uma pena branda para Epstein, foi considerado controverso e levantou questionamentos sobre a influência de sua riqueza e conexões políticas.
Portanto, mesmo que a conclusão da investigação tenha sido vista como uma vitória por figuras pró-Trump, é importante lembrar que o caso de Epstein ainda é um assunto sério e que deve ser tratado com seriedade e respeito às vítimas. O foco não deve ser apenas em uma suposta lista de clientes, mas sim em garantir que a justiça seja feita e que casos de abuso sexual sejam punidos de forma adequada.
Em suma