Nos últimos anos, temos visto uma crescente popularidade de imitações da Marisa Maiô e ferramentas de inteligência artificial (IA) nas redes sociais. Essa tendência tem gerado uma verdadeira canseira tech entre os usuários, que se veem bombardeados por conteúdos falsos e repetitivos. Para entender melhor essa situação, conversamos com a especialista em cultura de internet Bia Granja, que nos trouxe uma visão aprofundada sobre o assunto.
De acordo com Bia, a popularidade das imitações da Marisa Maiô e das ferramentas de IA está diretamente relacionada ao nosso desejo de sermos aceitos e reconhecidos nas redes sociais. “Vivemos em uma sociedade cada vez mais conectada e isso nos leva a buscar aprovação e validação online. As imitações da Marisa Maiô e as ferramentas de IA prometem nos ajudar a alcançar esse objetivo, mas acabam gerando uma canseira tech”, explica a especialista.
A Marisa Maiô é uma personagem fictícia criada por uma empresa de marketing digital, que se tornou viral nas redes sociais. Ela é uma jovem atraente e bem-sucedida, que compartilha fotos e vídeos de sua rotina aparentemente perfeita. No entanto, muitos usuários descobriram que a Marisa Maiô não é real e que suas postagens são feitas por uma equipe de profissionais. Mesmo assim, muitas pessoas continuam seguindo e interagindo com a personagem, em busca de uma conexão com esse estilo de vida idealizado.
Já as ferramentas de IA, como os chatbots e os geradores de conteúdo automatizados, prometem facilitar a vida dos usuários nas redes sociais. No entanto, muitas vezes essas ferramentas acabam gerando conteúdos repetitivos e sem originalidade, o que acaba cansando os usuários e prejudicando a qualidade das interações nas redes.
Segundo Bia, essa canseira tech é um reflexo da nossa sociedade atual, que valoriza a imagem e a superficialidade. “As redes sociais são um espelho da nossa sociedade e, infelizmente, muitas vezes o que vemos é uma busca desenfreada por likes e seguidores, em detrimento de conteúdos relevantes e autênticos”, afirma a especialista.
No entanto, Bia ressalta que nem tudo está perdido e que é possível utilizar as redes sociais de forma mais saudável e consciente. “É importante lembrar que somos seres humanos e não máquinas. Devemos valorizar a nossa individualidade e a nossa criatividade, ao invés de tentar nos encaixar em padrões impostos pela sociedade ou pela tecnologia”, destaca.
Para combater a canseira tech nas redes sociais, Bia sugere algumas medidas simples, mas eficazes. A primeira delas é diversificar o conteúdo que consumimos, seguindo perfis que nos inspirem e nos façam refletir. Além disso, é importante interagir com as pessoas de forma genuína, ao invés de apenas buscar curtidas e comentários. E, por fim, é fundamental lembrar que as redes sociais são apenas uma parte da nossa vida e não devem ser levadas tão a sério.
Em resumo, a canseira tech gerada pelas imitações da Marisa Maiô e pelas ferramentas de IA é um reflexo da nossa sociedade atual, mas não devemos nos deixar levar por essa tendência. É importante valorizar a nossa individualidade e utilizar as redes sociais de forma mais consciente, buscando conexões reais e conteúdos autênticos. Afinal, a tecnologia pode ser uma aliada, mas não deve ser a protagonista da nossa vida.