Emily Damari, ex-refém britânico-israelita do Hamas, expressou sua tristeza e preocupação com a decisão do primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, de reconhecer o Estado da Palestina em setembro. A ex-refém, que foi mantida em cativeiro pelo grupo terrorista por três anos, acredita que essa decisão pode recompensar o terrorismo e colocar em risco a segurança do país.
Em uma entrevista recente, Damari compartilhou suas opiniões sobre a decisão de Starmer, afirmando que está “profundamente triste” com a possibilidade do Reino Unido reconhecer o Estado da Palestina. Ela também ressaltou que, como vítima do terrorismo do Hamas, ela sabe em primeira mão o quão perigoso é ceder às demandas de grupos terroristas.
Damari foi sequestrada pelo Hamas em 2011, quando trabalhava como voluntária em Gaza. Durante seu cativeiro, ela sofreu abusos físicos e psicológicos, além de ser forçada a converter-se ao Islã. Foi apenas em 2014 que ela foi libertada, após uma longa negociação e o pagamento de um resgate.
A ex-refém enfatizou que reconhecer o Estado da Palestina sem garantias de que o Hamas e outros grupos terroristas serão desarmados e desmantelados, é um risco para a segurança do Reino Unido e do mundo. “O Hamas é uma organização terrorista que não tem o interesse de alcançar a paz ou o bem-estar do povo palestino. Eles só querem destruir Israel e disseminar o terrorismo. Reconhecer o Estado da Palestina sem pressionar o Hamas a abandonar suas atividades terroristas é recompensar o terrorismo”, afirmou Damari.
Ela também criticou a falta de reconhecimento das ações do Hamas por parte de Starmer e outros líderes políticos. “O Hamas é responsável por inúmeros ataques terroristas contra civis israelenses, incluindo o lançamento de foguetes e a construção de túneis para infiltrar o território israelense. É inaceitável que o Reino Unido e outros países não reconheçam essas ações como terrorismo e continuem a apoiar o Hamas”, disse Damari.
A decisão de Starmer de reconhecer o Estado da Palestina em setembro veio após um pedido da Autoridade Palestina, que busca o reconhecimento internacional de seu Estado. No entanto, Damari acredita que esse movimento é prematuro e pode prejudicar ainda mais as perspectivas de paz na região.
“A solução para o conflito entre Israel e Palestina só pode ser alcançada por meio de negociações diretas entre as partes envolvidas. Reconhecer o Estado da Palestina unilateralmente só irá agravar as tensões e impedir qualquer progresso na busca pela paz”, explicou Damari.
Além disso, a ex-refém também pediu que o Reino Unido e outros países continuem a apoiar Israel, um aliado importante na luta contra o terrorismo. “Israel é uma democracia vibrante e um parceiro fundamental no combate ao terrorismo. Ao reconhecer o Estado da Palestina, o Reino Unido corre o risco de alienar e prejudicar sua relação com Israel, o que seria um erro grave”, ressaltou Damari.
Em vez de reconhecer o Estado da Palestina, Damari sugere que o Reino Unido e outros países concentrem seus esforços em pressionar o Hamas a abandonar suas atividades terroristas e trabalhar para alcançar uma solução pacífica e duradoura para o conflito. “Não podemos permitir que o terrorismo seja recompensado. Devemos apoiar aqueles que lutam pela paz e pela segurança, e não aqueles que