Nos últimos anos, temos visto uma verdadeira febre por brinquedos e chupetas entre as crianças. Basta entrar em uma loja de brinquedos ou passear por um parque para perceber que esses objetos se tornaram essenciais na vida dos pequenos. Mas o que está por trás dessa obsessão por brinquedos e chupetas? Para entender melhor esse fenômeno, a psicóloga Maria Silva falou à coluna GENTE sobre o assunto.
Segundo Maria, essa febre por brinquedos e chupetas está diretamente relacionada ao desenvolvimento infantil. “Desde muito cedo, as crianças são estimuladas a brincar e explorar o mundo ao seu redor. E os brinquedos são uma forma lúdica e divertida de fazer isso”, explica a psicóloga. Além disso, os brinquedos também funcionam como ferramentas importantes no processo de aprendizado e desenvolvimento cognitivo e motor das crianças.
No entanto, a psicóloga alerta para o perigo da superestimulação. “Com a grande quantidade de brinquedos disponíveis no mercado, muitas vezes as crianças acabam sendo bombardeadas por estímulos constantes. Isso pode gerar uma sobrecarga sensorial e prejudicar o desenvolvimento da atenção e concentração”, alerta Maria.
Outro fator importante a ser considerado é o papel dos pais nessa febre por brinquedos. Muitas vezes, os pais acabam cedendo aos pedidos dos filhos, comprando uma infinidade de brinquedos e chupetas. “É importante que os pais saibam dosar o acesso aos brinquedos e estimular outras formas de brincar, como atividades ao ar livre e jogos em grupo. Além disso, é fundamental que os pais sejam modelos de comportamento para os filhos, evitando o consumismo exagerado e valorizando outras formas de diversão”, orienta a psicóloga.
Quanto às chupetas, Maria afirma que é comum que as crianças se apegam a elas, pois proporcionam conforto e sensação de segurança. No entanto, é preciso ficar atento ao uso excessivo e prolongado. “A chupeta pode ser prejudicial ao desenvolvimento da fala e da dentição, além de poder interferir na relação da criança com o mundo ao seu redor. É importante que os pais estabeleçam limites e incentivem o desapego gradual da chupeta”, explica a psicóloga.
Outro ponto abordado pela psicóloga é a influência da publicidade nessa febre por brinquedos e chupetas. “As crianças são alvos fáceis para a publicidade, que utiliza técnicas persuasivas para atrair a atenção dos pequenos. É importante que os pais estejam atentos e conversem com os filhos sobre a diferença entre o que é real e o que é criado para vender”, ressalta Maria.
Por fim, a psicóloga destaca a importância de estimular outras formas de diversão e criatividade nas crianças. “Brincar é fundamental para o desenvolvimento infantil, mas é importante que as crianças tenham a oportunidade de explorar diferentes formas de brincar, como atividades manuais, leitura, jogos em grupo, entre outros. Isso contribui para um crescimento saudável e equilibrado”, conclui Maria.
Em resumo, a febre por brinquedos e chupetas é um fenômeno que tem várias causas e influências, mas é importante que os pais e responsáveis estejam atentos e saibam dosar o acesso aos brinquedos e incentivar outras formas de diversão. Além disso, é fundamental que as crianças tenham a oportunidade de explorar o mundo ao seu redor de forma